A equipe da VR14 esteve nesta quarta-feira 22 de março, nas
proximidades do povoado de Conceição, município de Capela do Alto Alegre
produzindo uma matéria sobre seca que vem afetando toda região.
Visitamos a propriedade do casal de aposentados José Alexandre e Vitalmira Coelho, os quais disseram que vem tirando dinheiro do seu próprio aposento para alimentar os animais. Logo que a renda da propriedade diminuiu muito, pois eles tiram apenas 20 litros de leite por dia em 10 vacas que em outrora mantinha uma média de 70.
“Aqui a situação está triste, tem noite que eu não durmo pensando no dia de amanhã, quando levanto não faço nem o café, vou dar comida os bichos. Tirando da minha boca para ajudar os animais não cair.” Disse Vitalmira.
Na propriedade, o plantio de palma que era de 4 tarefas agora é de apenas 2, onde após 4 cortes seguidos, a planta não resistiu à fortes temperaturas e falta de chuvas, não conseguindo se regenerar. Obrigando o casal a comprar palma até em outros municípios, pagando 550 reais em uma carreta de trator, sendo 350 o valor da palma e 200 o frete, e que segundo ele dura apenas 8 dias, além de complementa com outras rações como milho e casca de soja.
Visitamos a propriedade do casal de aposentados José Alexandre e Vitalmira Coelho, os quais disseram que vem tirando dinheiro do seu próprio aposento para alimentar os animais. Logo que a renda da propriedade diminuiu muito, pois eles tiram apenas 20 litros de leite por dia em 10 vacas que em outrora mantinha uma média de 70.
“Aqui a situação está triste, tem noite que eu não durmo pensando no dia de amanhã, quando levanto não faço nem o café, vou dar comida os bichos. Tirando da minha boca para ajudar os animais não cair.” Disse Vitalmira.
Na propriedade, o plantio de palma que era de 4 tarefas agora é de apenas 2, onde após 4 cortes seguidos, a planta não resistiu à fortes temperaturas e falta de chuvas, não conseguindo se regenerar. Obrigando o casal a comprar palma até em outros municípios, pagando 550 reais em uma carreta de trator, sendo 350 o valor da palma e 200 o frete, e que segundo ele dura apenas 8 dias, além de complementa com outras rações como milho e casca de soja.
“Os animais só comem o que se dá e tudo agora é comprado, não existe uma folha na roça para os animais comer. Por semana eu estou gastando mais de 1.300 reais”. Afirmou seu José.
Ele ainda disse que a seca vem afetando toda economia local, pois até os ouvinos que cria, mesmo estando em um peso razoável não consegue vender, e quando vende é com preços baixos.
Quando passávamos pela estrada, vimos dona Sirlene Lima, no povoado Marreca cortando mandacaru, um dos símbolos de resistência do sertão que segundo ela está acabando.
“Tá muito difícil, o mandacaru tá acabando, as coisas estão ficando difíceis para comprar, a gente não acha nada para vender e tem que comprar comida para os animais e por enquanto a única renda é das crias das vacas que vendi. Por enquanto elas estão comendo as crias delas mesmas”. Disse Sirlene.
Segundo Vandelson Dias, técnico do Projeto Adapta Sertão que atua com assistência técnica para agricultores da Bacia do Jacuípe, o município de Capela do Alto Alegre tem uma das piores situações. Até 2009, chovia 800 milímetros por ano, em 2014 caiu para 600 e em 2016 foi apenas 350 mm em algumas regiões.
Ele disse ainda que até o momento, na cidade choveu esse ano apenas 8 milímetros e que a região mais chuvosa do município fica nas redondezas dos povoados de Contorno e Capelinha, onde caiu só 35 mm de chuva. E que o projeto Adapta Sertão está iniciando pesquisas onde já identificaram que em alguns lugares já tem indícios de desertificação.
A VR14 está produzindo uma matéria em vídeo sobre a seca na região e em breve será divulgada na internet e na TVE Bahia:
Veja as fotos:
Da redação da VR14
Jorge Henrique, Junior Fernandes, Patrícia Oliveira e Joyres Lima