O Ministério Público Federal produziu
quatro laudos de “verificação de gravação do arquivo de áudio” nas gravações entregues pelo
empresário Joesley Batista no
acordo de colaboração premiada assinado com a Procuradoria-geral da República e
homologado pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A
análise é inicial e ainda devem ser realizadas outras perícias após a
instauração da investigação contra o presidente Michel Temer.
Para a analista
Elaine Sobral e para o técnico Eder Gabriel, ambos do Ministério Público da
União, o diálogo do arquivo PR1 14032017.wav, que contem a gravação da conversa
entre Temer e Joesley, “encontra-se audível, apresentando sequência lógica”.
A
conclusão se deu, segundo os analistas, após trabalho de verificação que teve
como objetivo se áudios “estavam inteligíveis, e, se numa análise meramente
perfunctória, os arquivos possuem ou não características iniciais de
confiabilidade.”
Os
analistas ponderaram que o arquivo possui “alguns ruídos e a voz de um dos
interlocutores apresenta-se com maior intensidade em relação à voz do segundo
interlocutor”, no caso o presidente Michel Temer. O laudo aponta também que em
alguns momentos o áudio fica incompreensível “sem a utilização de equipamentos
especializados”.
A
questão sobre a qualidade e possível veracidade da gravação foi levantada pelo
Palácio do Planalto, que decidiu fazer perícia no material para descobrir se
houve algum tipo de edição no conteúdo que pudesse desvirtuar o contexto e os
temas que foram abordados na conversa.
Fonte: EXAME
Tópicos:
Política