Bem avaliado pela população baiana e dado como
candidato certo à reeleição em 2018, o governador Rui Costa pode alçar voos
ainda maiores no próximo pleito.
Se depender do PT-BA, Rui pode deixar o Palácio de
Ondina para se tornar o mais novo inquilino do Palácio do Planalto. De acordo
com o presidente reeleito da sigla no estado, Everaldo Anunciação, o governo
realizado pelo petista tem sido tão bem visto pelo PT nacional que já se
começa, aos poucos, a aventar-se o nome dele como candidato à Presidência da República,
caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador Jaques Wagner
estejam impedidos.
Lula é réu em cinco processos, enquanto Wagner o
nome dele é considerado como plano B em uma espécie de “linha sucessória”
petista para candidatos em 2018, mas foi citado na Operação Lava Jato e pode se
tornar alvo de investigações.
“A forma como ele se relaciona com a base, compõe o
governo, que o governo dele funcionando, isso termina refletindo no PT, fazendo
com que o impacto da crise do partido aqui na Bahia seja menor. Por isso que o
nome dele já vem sendo até falado no partido.
Depois de Lula, a candidatura de Jaques Wagner e
depois a candidatura de Rui. A influência dele, nacionalmente, já é comentada”,
afirmou Everaldo.
Entretanto, o dirigente estadual destacou que as
menções ao governador são incipientes e ressaltou que Rui é o candidato petista
para o governo do Estado em 2018, enquanto o partido deve apostar no
ex-presidente Lula nacionalmente.
Nas eleições que confirmar Everaldo como presidente
do PT por mais dois anos, a ausência de Rui se tornou alvo de especulações.
Diante disso, ele negou um provável afastamento entre o governo e a sigla.
“Não há nenhum distanciamento de Rui e PT, de PT com
Rui e PT com base aliada. De maneira nenhuma. Nós conversamos. Ele ficou em
dúvida, disse que não queria se envolver, não influenciar. Ele tomou o cuidado
de buscar unidade e não se envolver”, rebateu.
Recém-eleito, o presidente da agremiação na Bahia
contou que as agendas mais urgentes são articular a saída do presidente Michel
Temer e a realização de eleições diretas, além de preparar a delegação que vai
participar do congresso nacional do PT, de 1º a 3 de junho deste ano.
Para o futuro, Everaldo pretende criar condições
para entregar, em 2019, a direção do partido a pessoas mais jovens - a
renovação nos cargos diretivos era um anseio entre correntes do partido, diante
da crise de imagem vivida pela sigla.
Ele, que havia negado reiteradas vezes suas
pretensões de passar mais dois anos à frente do partido, disse que aceitou a
missão após um pedido de várias pessoas.
“Aconteceu um apelo da minha corrente interna. Esses
companheiros entenderam que eu ainda tinha uma tarefa, uma contribuição a dar
para mais dois anos. Depois, em outras correntes, também manifestaram vontade.
Estou indo fazer uma transição para uma direção do PT em 2019. Eu quero
priorizar muito a presença de jovens na estrutura partidária”, explicou.
Sobre a vaga de Jaques Wagner para o Senado em 2018,
Everaldo afirmou que até partidos da base aliada formaram um consenso em torno
dele.
“Na base aliada, eu vi que há um consenso de uma
vaga para ele. Admiro o comportamento de Wagner de dizer que não está nada
certo. Foi governador, volta para ser secretário. É um general que compreende a
hierarquia e se comporta como soldado. É um soldado com patente de general”,
avaliou.
Fonte: Bahia Noticia
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