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Representantes dos governos dos estados do Nordeste e Minas conhecem as práticas do Adapta Sertão em Ipirá e Macajuba


Um grupo formado por técnicos de secretarias estaduais de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Nordeste e Minas Gerais e o secretário de Desenvolvimento Agrário do estado do Ceará, Dedé Teixeira, que compõem o Fórum de secretários desses estados, conheceram, nesta quarta-feira (31), experiências de assistência técnica e extensão rural (ATER), realizadas no âmbito do projeto Adapta Sertão, em comunidades rurais dos municípios de Ipirá e Macajuba.

O secretário de Desenvolvimento Agrário do estado do Ceará, Dedé Teixeira, ressaltou que intercâmbios como esse, realizado na Bahia, são fundamentais para o Fórum de secretários, que foi criado com o intuito de pensar estrategicamente a política e a construção do desenvolvimento nas secretarias, discutindo temas importantes como ATER, acesso à terra, ao crédito, questões hídricas, além de políticas inovadoras como a desenvolvida na Bahia.

 “Essa experiência é muito interessante, focada em uma perspectiva climática, decisiva na geração de renda para o nosso semiárido. Está provado que a ATER, quando é bem-feita e continuada, ela muda a realidade da produção”.

Durante o encontro foi apresentado, no auditório da Secretaria de Educação do município de Irará, o projeto Adapta Sertão, e os participantes tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas sobre a execução do projeto, pelos coordenadores e técnicos. A programação contou ainda com a visita de campo a duas propriedades rurais, para conhecer os modelos produtivos desenvolvidos pela iniciativa o MAIS Leite e MAIS Cordeiro.

Mais Leite

Na primeira visita, realizada na Fazenda Santo Antônio,em Ipirá, com o produtor José Antônio Borges, o grupo conheceu a experiência de ATER na produção de leite. Na ação, que vem sendo realizada há 18 meses, com diagnóstico dos problemas existentes e a elaboração de um planejamento produtivo, destacam-se o cultivo da palma forrageira adensada, a vedação da área para produção de feno e mudanças no manejo e cuidado com a alimentação animal e forma de ordenha, que já impactaram a vida da família em um curto prazo, resultando no aumento da produção de 110 litros de leite/dia, para 400 litros, sem aquisição de novos animais. 

José Antônio classifica como excelentes os resultados desse um ano e meio de ATER pelo Adapta Sertão.

“Foi bom demais para mim, porque eu estava desmotivado e eles chegaram e estão me ajudando a conquistar os meus objetivos”.

Mais Cordeiro

Outra propriedade visitada foi a do produtor de cordeiros, Aristóteles Martins, da Fazenda Casa Branca, Distrito de Santa Luzia, no município de Macajuba. A ação integra o Mais Cordeiro, com um modelo baseado na ovinocultura como atividade econômica. O trabalho envolve quatro módulos com 100 ovelhas em cada um, plantação de palma forrageira e área de feno, para reserva estratégica de alimentação dos animais, entre outras ações que garantam a manutenção do rebanho e a capacidade econômica da criação de ovelhas.

Adapta Sertão

O projeto adota o sistema produtivo de resiliência climática MAIS - Módulo Agroclimático Inteligente e Sustentável, um modelo técnico, voltado para a agricultura familiar, com uma cesta de soluções pensadas especificadamente para aumentar a resiliência climática e facilitar a produção no campo. O objetivo é consolidar o desenvolvimento sustentável que articule recursos públicos, privados e do saber local, como alternativa viável para as famílias que habitam o semiárido.
O MAIS foi desenvolvido a partir de experimentação e observação prática visando a permitir a continuidade na produção de alimentos durante as secas anuais ou nos casos de estiagem prolongada.

Vejas as fotos:











































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