Entre os dias 19 e 20, terça e quarta-feira, foram implantadas
duas áreas com o Modelo de Sistema de Integração de Pasto com Floresta (IPF) na comunidade de Vagem Queimada, município de
Capela do Alto Alegre.
Essa áreas pilotos tem uma extensão de aproximadamente mil
metros quadrados cada uma, cada área recebeu 88 plantas que terão multiplica funções
como por exemplo a produção de forragem para auxiliar na alimentação proteica aos animais, a produção de madeira em logo
prazo para o produtor, a produção de matéria orgânica para cobertura e adubação
do solo e nas áreas de pastagem serão utilizadas como amenizadoras de
temperatura em uma espécie de equilíbrio térmico com o sombreamento parcial da área,
fazendo assim que o solo perca menos água.
Para o plantio e desenvolvimento das mudas é preciso que
os técnicos e produtores adotem algumas técnicas como, o plantio de mundas em
uma espécie de berços profundos, em um formato de bacia para a a, a utilização de esterco da propriedade além de uma
adubação complementar com o Super Simples, hidrogel que é colocando junto ao pé
da planta para maior tempo se mantem umedecida, também são colocadas mudas de
raquetes de palmas nos berços assim para fazer sombras as sementes.
Além de todas essas técnicas os produtores recebem
sementes de feijão andu para serem plantadas junto aos berços para que quando estiverem
maiores façam um sombreamento as planas menores e traga alimento ao produtor
rural.
Algumas espécies mais usadas foram a moringa, Cajá, Umbu,
Algaroba, Oiti, Angico e Aau d'Arco.
Uma dificuldade que o IPF tem para ser
implantado é o custo financeiro, e o Adapta Sertão está em busca de uma
tecnologia que seja barata, pratica e eficiente, para que os agricultores e
agricultoras possam ter da melhor forma os resultados do projeto.
O Modelo de Integração Pasto Floresta
para o bioma Caatinga tem como objetivo ter altos índices produtivos e de
resiliência climática, melhorando substancialmente a qualidade das pastagens
através de ações de recuperação ou restauração, aliado ao melhoramento genético
dos animais e o aumento da eficiência produtiva.
Sobre o Adapta
Sertão
O Adapta Sertão é uma coalizão de
organizações que atua no semiárido Brasileiro buscando viabilizar
estratégias e tecnologias sociais para adaptação a mudança climática da
agricultura familiar. Tem como foco de atuação inicial o interior
da Bahia, especificamente, o Território Identidade Bacia Jacuípe e
municípios vizinhos. A meta é beneficiar diretamente um mínimo de 800 famílias
até 2018.
O Adapta Sertão promove o cooperativismo
como forma de desenvolvimento local e aposta no empreendedorismo para
fazer frente aos desafios. Sua estratégia começa pela estruturação das
propriedades rurais a partir do Modulo Agroecológico Inteligente e Sustentável
(MAIS), que foi cuidadosamente desenhado a partir de experimentação e
observação prática visando permitir às famílias agricultoras continuar a
produzir alimentos também durante as secas anuais ou no caso de uma estiagem
prolongada.
O acesso ao crédito, o beneficiamento e processamento
adequado dos produtos, o estímulo a comercialização são as outras vertentes
trabalhadas no modelo proposto.
O Adapta Sertão coloca também
a disposição da agricultura familiar os recursos da pesquisa científica e a
articulação de políticas públicas de modo a aprimorar a alocação de recursos
técnicos, financeiros e humanos.