Um caso intrigante
aconteceu em uma em cadeia do Piauí, agente penitenciária de plantão foram
obrigados a entrar em todas as celas da Colônia Agrícola Major César de
Oliveira para conseguir descobrir qual era a visita que ainda estaria dentro do
sistema prisional último dia 30
O procedimento teve
que ser realizado devido ao fato do horário da visita ter terminado e se ter
percebido que um visitante não havia deixado o local.
Durante a procura
nas celas, os agentes encontraram um garoto, de apenas 11 anos, debaixo da cama
de um dos detentos. O detento em questão se chama José Ribamar Pereira Lima e
já está preso desde 2015. Ele foi condenado por estuprar uma vítima de 14 anos
e pela prática de pedofilia.
O que mais intrigou
as autoridades foi o fato de que a criança foi levada ao presídio pelos
próprios pais e ficou na cela após a visita com o consentimento deles. Os pais
dessa criança são amigos da vítima e permitiram que a criança dormisse com
José. No dia seguinte o casal retornou a cadeia e recebeu voz de prisão. A
Central de Flagrantes de Teresina é responsável pelas investigações.
O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) determina que
crianças e adolescentes são proibidos de frequentarem pavilhões e celas de
presídios. A visita infantil deve ocorrer em brinquedotecas. No caso daquelas
que visitam os pais, é preciso autorização da Justiça para o convívio em
horário estabelecido pela unidade prisional.
O presidente do Sinpoljuspi (Sindicato dos Agentes
Penitenciários do Piauí), Kleiton Holanda, afirmou que o garoto relatou a
agentes que teve as partes
íntimas tocadas pelo preso. "Não houve conjunção carnal porque os
agentes penitenciários chegaram a tempo e evitaram o pior. Há suspeita muito
forte de que essa criança foi levada para ser violentada durante a noite. É um
caso estarrecedor", afirmou.
A Sejus (Secretaria de Estado da Justiça e da
Cidadania) disse que está investigando o caso. José Ribamar foi colocado em uma
cela do setor de triagem e está isolado. A criança foi submetida a exame de
corpo de delito e de conjunção carnal no Instituto Médico Legal de
Teresina, que constatou que ela não foi violentada.
Após ter mantido o menino dentro da cela, o preso foi
espancado pela direção da unidade prisional como forma de castigo, conforme
denunciou o Sinpoljuspi. A Sejus está "apurando o suposto
espancamento".
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