O deputado estadual Tom Araújo (DEM) afirmou que o Governo do Estado brinca com de fazer saúde com os baianos. “Enquanto milhares de pessoas morrem nas filas de espera, o governo engana o povo e diz que está tudo bem, mas só na propaganda. Somente aqui na Capital, todos os dias vemos inúmeras instituições reclamando do atraso nos repasses, enquanto na propaganda está tudo bem”, afirmou Tom. O deputado lembrou que não é incomum a população ouvir de instituições como Obras Sociais Irmã Dulce, Hospital Martagão Gesteira, Hospital Aristides Maltês, Hospital da Criança, em Feira de Santana, só para citar alguns, que os repasses estão atrasados, a situação nestes centros é caótica e constantemente ameaçam suspender o atendimento à população.
“Como está tudo bem, se os hospitais que atendem a
população carente vive ameaçando fechar as portas? O exemplo está ai: O governo
da Bahia tem uma dívida com o Martagão Gesteira, estimada em cerca de R$ 9
milhões. A principal unidade pediátrica da Bahia com atendimento 100% pelo SUS,
está ameaçada de suspender o atendimento das alas especializadas como a
ortopedia. A Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) não faz os repasses há pelo
menos dois meses. Do jeito que está, o sistema de saúde pública na Bahia,
mantida pelo Estado vai entrar em colapso.
Tom lembra que, enquanto o governo não assume sua responsabilidade, a sociedade, os artistas, empresários e diversos segmentos se mobilizam para manter as instituições e fazer o papel que é dever do Estado. “O povo já paga imposto e não é para o Estado gastar em propaganda mentirosa. É para o governo prestar serviço”, criticou Tom.
De acordo com o deputado, outro grande prejuízo e prova
do desprezo que o governo dá à população vem do Sistema de Regulação. “Esse
sistema hoje virou uma roleta russa, em que a central escolhe quem vai viver e
quem vai morrer na espera de uma vaga. São milhares de famílias que sofrem
aguardando essa regulação”, protestou.
Recentemente, o deputado acompanhou o caso de um jovem de
22 anos que levou 45 dias ocupando um leito de hospital – 30 dias em Serrinha e
15 dias no Hospital Geral do Estado, em Salvador -, aguardando uma cirurgia de
mão. “Ficou 45 dias internado, com risco de infecção, com a mão quebrada,
porque não havia atendimento especializado. Paciente no hospital ocupa leito,
aumenta os custos do internamento, não dá uma solução imediata ao paciente que
ainda corre risco de morte. Esse é o cuidado que o Governo diz ter com a Saúde?
É esse o cuidado que dispensa ao povo? É esse o trato que o governo dá à
população que mais precisa?”, protestou Tom.
Enquanto
isso, disse Tom, a propaganda a sociedade se mobilizando ante a inércia do
Estado para salvar as unidades. “A sociedade está pagando duas vezes, através
dos impostos que não são baratos, e ao comprarem ingressos para os shows
beneficentes. E a responsabilidade do Estado, fica onde? É fácil transferir
para a sociedade as suas obrigações e responsabilidade, enquanto o povo carente
sofre nas filas”, concluiu.
Fonte: ASCOM Tom Araújo
Fonte: ASCOM Tom Araújo