O laudo do exame da necropsia do corpo da adolescente de Serra Preta, Bruna Santana Mendes, de 16 anos, que estava desaparecida desde domingo (18), em Feira de Santana e foi assassinada, não constatou crime de violência sexual e nem gravidez. Segundo o delegado Fabrício Linard, nas últimas 24 horas, a Polícia Civil não parou as investigações em busca de informações e realizando diligências no intuito de esclarecer o que aconteceu com a jovem. Já existem algumas linhas de investigação, para chegar à autoria do crime.
“O Departamento de Polícia Técnica (DPT) informou que no tocante à gravidez, macroscopicamente, não foi possível constatar a gestação. Não foi encontrado um feto no útero da garota, mas não se descartou 100% a possibilidade da gravidez de Bruna, porque uma gestação de poucas semanas é possível que exista, mas apenas o resultado do exame laboratorial é que vai poder nos dar essa certeza. O exame de necropsia foi realizado ontem e até pelo fato do estado avançado de decomposição, o médico afirmou que não é possível afirmar se ela sofreu violência sexual. Devemos aguardar as respostas técnicas e já foi feita a coleta de material da mesma para a realização dos exames laboratoriais”, afirmou Fabrício Linard.
Sobre o laudo da causa da morte, o delegado disse que o DPT identificou que Bruna foi morta por sufocamento, ou seja, foi asfixiada e é possível que o crime tenha sido praticado por dois ou três autores.
“Independente da perícia, temos a convicção de que o corpo foi deixado no local na madrugada do domingo para segunda-feira porque temos informações que já na segunda-feira pela manhã esse saco tinha sido visto, mas não tinha chamado a atenção de que poderia ter um corpo”, acrescentou.
Sobre as informações que estão circulando em redes sociais, o delegado comentou que podem ajudar, como também podem atrapalhar o trabalho de investigação. A polícia está filtrando as informações que realmente procedem. Foi divulgado que o namorado de Bruna esteve em uma casa noturna da cidade no domingo e a Polícia Civil confirmou esse fato.
“Uma das jovens que trabalha na casa noturna confirmou a presença dele. Eles conversaram acerca do trabalho dela. Mas, ele não tinha dinheiro. Ela negou que tenha tido conversa sobre aborto e remédio abortivo”, ressaltou.
Sacos onde estavam o corpo da adolescente
Fabrício Linard também esclareceu a polêmica divulgada nas redes sociais e na mídia de forma geral de que, após realizar o levantamento cadavérico, a polícia não recolheu os sacos onde estavam o corpo da adolescente. Ele ressaltou que assim que essa falha foi percebida, o DPT recolheu o material.
“Foi um lapso de momento e uma equipe da TV fez imagens logo após o DPT ter saído. Cientes dessa falha entramos em contato com o DPT e os sacos foram apreendidos e encaminhados para a perícia para fazer exames, pois eles podem nos levar a informações sobre o crime”, declarou.
A Polícia Civil está analisando imagens das câmeras do shopping e de outros locais no sentido de traçar o caminho percorrido por Bruna até chegar ao local do crime.
O delegado Fabrício Linard reforçou que quem tiver alguma informação sobre o fato pode fazer uma denúncia anônima através do Centro Integrado de Comunicação (Cicom) e também entrando em contato com a delegacia. Todas as informações serão averiguadas para que o homicídio seja esclarecido.
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.
Tópicos:
Polícia