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Mortes por câncer chegarão a 9,6 milhões este ano, indica OMS


O câncer irá tirar as vidas de 9,6 milhões de pessoas este ano, representando 1 em cada 8 mortes entre homens e 1 em cada 11 mortes entre mulheres, informou a agência de pesquisa sobre câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira (12).

Em seu relatório Globocan, que detalha a prevalência e a taxa de mortalidade de vários tipos de câncer, a Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC) afirma que 18,1 milhões de novos casos de câncer surgirão neste ano.

O número é superior aos 14,1 milhões de novos casos e as 8,2 milhões de mortes previstos em 2012, quando a última pesquisa Globocan foi publicada.

O IARC disse que o fardo crescente do câncer – caracterizado como o número de novos casos, a prevalência e o número de mortes pela doença – se deve a vários fatores, como o desenvolvimento social e econômico e as populações maiores e mais velhas.

Em economias emergentes, disse, também há uma transição de formas de câncer relacionadas à pobreza e a infecções para formas de câncer ligadas a estilos de vida e dietas mais típicas de países ricos.

Prevenção

O câncer de pulmão – causado principalmente pelo fumo – é a principal causa de mortes por câncer em todo o mundo, disse o relatório. Assim como o câncer de mama, o câncer de pulmão também está entre as maiores causas de casos novos da doença: 2,1 milhões de casos novos de cada tipo devem ser diagnosticados somente neste ano.

Com uma estimativa de 1,8 milhão de casos novos este ano, o câncer colorretal é o terceiro tipo mais diagnosticado, seguido pelo câncer de próstata e o câncer de estômago.

“Estes novos números enfatizam que ainda há muito a ser feito para tratar o aumento alarmante do fardo do câncer globalmente e que a prevenção tem um papel central a desempenhar”, disse o diretor do IARC, Christopher Wild, em comunicado que acompanhou o relatório.

Wild pediu que políticas eficientes de prevenção e detecção precoce sejam implantadas urgentemente “para controlar esta doença devastadora em todo o mundo”.



O relatório do IARC disse que os esforços de prevenção – como campanhas antifumo, exames e vacinações contra o vírus do papiloma humano – podem ter ajudado a reduzir a taxa de incidência de alguns tipos de câncer, como o câncer de pulmão em homens do norte da Europa e da América do Norte e câncer cervical na maioria das regiões, com exceção da África subsaariana.

Saiba quais são os principais tipos de câncer no Brasil: 


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Um consenso nos consultórios médicos é o de que nenhum tipo de câncer em estágio inicial apresenta sintomas, apenas aqueles em uma fase mais avançada — daí o desespero de quem se vê diante de algum sinal do corpo de que algum órgão não vai bem. Só que, para modificar a ideia de que os sintomas seriam uma prova definitiva de uma doença terminal, neste Dia Mundial de Luta Contra o Câncer, a oncologista clínica da Faculdade de Medicina da USP Ana Carolina Gouvêa explica que, mesmo em estágios avançados da doença, sempre haverá algo que possa ser feito.

— É claro que quanto antes o câncer for descoberto, maiores serão as chances de cura. Mas ter sintomas não significa que não há mais saída, porque sempre há alguma coisa que a medicina possa fazer. O ideal é sempre procurar um médico, e também fazer os exames preventivos, independentemente de sintomas ou não.

Câncer de próstata

De acordo com dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), estima-se que, no Brasil, só em 2016 serão diagnosticados 61.200 novos casos de câncer de próstata. Excetuando-se os tumores de pele não melanoma, este é o tipo de câncer que mais atinge homens em todas as regiões do país — a região Sul é a com maior registro, de 95,63 casos a cada 100 mil homens.



Ana Carolina Gouvêa recomenda que, a qualquer alteração na hora de fazer xixi ou sinal de dor, o homem deve procurar o quanto antes a orientação de um médico.

— Em alguns casos de câncer de próstata, o homem pode ter alteração do jato urinário. No entanto, a maioria dos casos deste sintoma está relacionada a causas benignas e não malignas. Outro sinal de um possível câncer de próstata também são as dores nos ossos.

Câncer de estômago

Este é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens brasileiros das regiões Norte e Nordeste, o quarto mais frequente nas regiões Sul e Centro-Oeste, e o quinto da região Sudeste. De acordo com as estimativas, 12.920 novos casos de câncer em homens serão diagnosticados ainda este ano – entre as mulheres, o número deve ser de 7.600.

— Os sintomas mais comuns são perda de peso, sensação de plenitude no estômago, quando o paciente come e se sente satisfeito. Também temos queixas de que a comida fica “voltando”, além de episódios de vômito constante.

Câncer de pulmão

Este tipo de câncer é o segundo mais frequente entre os homens das regiões Sul e Centro-Oeste, e o terceiro mais comum na população masculina do Sudoeste, Nordeste e Norte. Já entre as mulheres brasileiras, é o terceiro câncer mais incidente na região Sul, quarto nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, e quinto na região Norte.



Até o final do ano, a estimativa é de que 17.330 homens sejam identificados com câncer de pulmão, e 10.890 mulheres também recebam este diagnóstico. Entre os seus sintomas estão falta de ar, perda de peso, dor torácica constante e tosse frequente. A oncologista da Faculdade de Medicina da USP fala que, entre as medidas de prevenção, a maior delas está na decisão de abandonar o cigarro.

— Evitar o tabagismo é fundamental. O fumo está altamente ligado a diversas formas de câncer, especialmente ao câncer de pulmão. É associado disparadamente, e é totalmente evitável.

Câncer de mama

É o câncer de mama com o maior número de casos disparado no Brasil — exceto na região Norte, onde ele é o segundo mais frequente. Para 2016, são esperadas 57.960 novas pacientes diagnosticadas com câncer de mama no País, com um risco estimado de 56,20 casos a cada 100.000 mulheres.

— As mulheres devem ficar atentas a nódulos na mama ou nas axilas, e à saída de algum tipo de secreção pelo mamilo. Uma eventual vermelhidão na mama também pode ser um sintoma, mas nem toda é sinal de câncer. A maioria costuma ser apenas uma mastite.

Câncer de colo do útero

Este é o câncer com mais casos na região Norte do Brasil, o segundo no Centro-Oeste e Nordeste, o terceiro no Sudeste e o quarto na região Sul. É possível que, até o final de 2016, 16.340 mulheres sejam diagnosticadas com câncer de colo de útero. A médica Ana Carolina Gouvêa relata os principais sintomas desta forma da doença.

— É comum que a mulher apresente corrimento fétido, sangramento vaginal espontâneo ou após a relação sexual, e dor na região baixo do abdômen.

Fonte R7
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