O homem acusado de matar a ex-esposa, a cabelereira Alessandra Souza Rios, de 40 anos, na cidade de Ipirá, a cerca de 210 km de Salvador, foi condenado a 16 anos de prisão em júri popular nesta terça-feira (8). As informações são do advogado Matheus Biset, que representa a família da vítima.
O crime aconteceu em 17 de janeiro de 2022. Luiz Carlos da
Silva, de 56 anos, atirou contra a cabelereira, que na ocasião voltava de uma
vaquejada. As filhas gêmeas do casal, que estavam com a mãe, presenciaram o
crime. Uma delas, inclusive, quase foi atingida pelos disparos.
Após matar a ex-esposa, Luiz Carlos foi preso em flagrante pela polícia e permaneceu preso até esta terça, dia do julgamento.
O juri popular aconteceu na cidade de Ipirá e durou cerca de 10h. Apesar da sentença de 16 anos, ele deverá cumprir 15 anos e oito meses, pois o tempo que esteve preso antes do juri será descontado da pena. O comportamento do réu dentro da prisão também poderá influenciar em alguma eventual diminuição de pena.
Segundo Matheus Biset, a família da cabelereira não aceitou
a decisão e pretende recorrer.
Relembre o caso
Alessandra e Luiz Carlos estavam separados quando ele cometeu o feminicídio. A cabelereira tinha uma medida protetiva contra o acusado e ele já era investigado por ameaçar e causar danos à cabelereira.
No dia do crime, uma câmera de segurança registrou toda a movimentação do condenado. Através das imagens, é possível ver que ele foi até o local onde o carro da ex-eposa estava estacionado, usou uma camisa para esconder o rosto e furou os pneus do veículo com uma faca. Depois, ele se posicionou ao lado do carro e esperou.
Alessandra chegou no local em outro carro e, quando desceu
para buscar o seu próprio veículo, foi baleada. As filhas do ex-casal desceram
do carro logo em seguida e foram ajudar a mãe.
A cabelereira foi socorrida por vizinhos para uma Unidade de Pronto Atendimento
(UPA), mas não resistiu aos ferimentos.
Após o crime, Luiz foi encontrado por policiais militares em uma fazenda da cidade e foi preso em flagrante. Em depoimento na delegacia, ele disse que estava desorientado e não se recordava do crime. No dia 26 de janeiro, Luiz Cláudio foi transferido para um presídio em Feira de Santana.
Após o julgamento, ele cumprirá a pena em regime fechado no
Presídio Regional de Feira de Santana.
Fonte: G1